Se você já é fã do famoso investigador
Sherlock Holmes, criado no final do século XIX pelo médico e escritor Arthur
Conan Doyle, imagina quando o personagem inicia uma investigação dentro da
Londres do século XXI? É assim que os roteiristas Steven Moffat e Mark Gatiss desenvolveram
a série: com a mesma essência da obra original, o personagem desvenda seus
maiores casos em um mundo contemporâneo e tecnológico. Com a ajuda de gadgets,
entrar em casas, despistar a polícia e enganar os criminosos ficou ainda mais
fácil para o detetive.
Aos 90 minutos de cada episódio,
Sherlock dá o ponto final impecável, aceitável e de bom entendimento para seus
mistérios aparentemente insolúveis. Ao seu lado, está sempre o médico e melhor
amigo Dr. John Watson, que se surpreende com o dom da dedução do colega diante
dos detalhes e fatos não óbvios.
A modernidade traz um toque especial
ao mundo “sherlockiano”: a tecnologia torna-se “ponte” para a resolução de seus
casos. Muitas ações relatam isso: trocas rápidas e conversas intensas por mensagens,
pesquisas minuciosas pela internet, e quebra de códigos de segurança, são
alguns exemplos.
Além disso, a tecnologia também trouxe
fama e mais novos casos ao detetive (as pessoas começam a procurá-lo depois que
Watson cria um blog para relatar sobre os casos resolvidos pela dupla).
Mas,
por que assistir Sherlock?
Segue aqui alguns pontos que tornam a
série espetacular:
- A química entre os atores Benedict
Cumberbatch e Martin Freeman tornou os personagens cativantes, dinâmicos, com
um leve toque de humor. Os roteiristas brincam com a possibilidade de uma
relação amorosa entre John e Sherlock;
- Holmes é sociopata, arrogante, egoísta,
antissocial, se empolga com mistérios e assassinatos e está em profundo
relacionamento sério com o trabalho. Mesmo assim, você o admira do começo ao
fim e se apaixona;
- Outro personagem digno de adoração é
John Watson. A paciência com as loucuras do amigo e os ápices de irritação com
o detetive traz humor à série;
- Outro ponto divertido da trama é a
relação de Holmes com o irmão Mycroft (interpretado pelo roteirista e ator Mark
Gatiss);
- As cenas de dedução e observação em
que Sherlock pensa, decodifica um enigma, junta pistas e descreve pessoas e
fatos hipnotiza quem está assistindo;
- Holmes possui um “palácio mental” de
dar inveja: ao iniciar uma profunda concentração, o detetive encontra em sua
vasta memória dados, datas, gestos, expressões, cheiros, mapas e sons que
qualquer pessoa jamais conseguiria guardar na mente com tanta nitidez;
- A amizade de John Watson e o amor e
carinho da legista Molly trazem humanização ao protagonista, já que, segundo
ele mesmo, é desprovido de sentimentos;
- O inimigo, Jim Moriarty,
interpretado por Andrew Scott, é um dos temperos picantes da série. O vilão faz
questão de atormentar nosso detetive com sua teia de crimes. Ele sabe
exatamente quando, como e aonde puxar o gatilho;
- A série já encerrou sua terceira
temporada. Quem nunca assistiu, pode se aventurar com os nove episódios, pois
não vai se cansar.
A má notícia? A 4ª temporada tem
estréia prevista para 2016. Dois anos de espera é muito. Mas, torço para que
eles antecipem a data. Seria uma grande alegria para nós, seriemaníacos, não
acham?